quinta-feira, 26 de junho de 2014
Tirinha de quinta #19 (continuação)
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sexta-feira, 20 de junho de 2014
Amor de Chuteiras
Você é meu amor platônico, porque eu te vejo pela TV, na ponta da arquibancada, onde você estiver.
Eu te acompanho, todos os dias, mas não dou escândalo. Eu sempre estive lá, junto de você, na saída de aeroporto, por onde cruzaram seus passos.
Roubei, inclusive, aquelas chuteiras que por descuido você deixou penduradas no alambrado. Roubei todo o suvenir seu que pude ter. Mas que é isso pra você, que, na breguice da frase, roubou meu coração?
E eu sempre estarei lá. E não me importa que você não saiba. Pois gosto de ser anônima, de saber que você nunca vai me desprezar, vai me corresponder, sempre e sempre. Afinal, gosto de te amar assim, nesse amor meu, para que seu gol seja pra mim, para que sua voz diga meu nome, para que assim sejamos, você e eu, campões.
quarta-feira, 11 de junho de 2014
sexta-feira, 6 de junho de 2014
Reticências...
Meu amor, ela escreveu, acho que não gosto de você, gosto do que a gente tem. Colocou um ponto final, e depois outro e outro. Reticências.
Assim se encerrava o e-mail, que prefiro chamar de carta, pois trás um charme que e-mails não tem.
Ela não queria contato visual, e preferiu a distância da pena, cujo mata borrão não escondeu a tensão de suas palavras.
Meu amor, ela iniciou, será mesmo que te amo ou que estaremos assim, desgastados e perdidos, ainda que sucumbidos nesse desejo sedento que nos toca e desfalece?
Que haveria de oculto sob tamanha erudição?
Que olhos teria ela quando me visse com um buque de rosas vermelhas prestes a serem entregues? Que diria ela sobre meu amor sereno que parece não tocá-la, sobre a voz tranquila que parece apenas atingí-la quando nossos corpos se encontram?
De repente acordo. Somos eu e ela, um de fronte para o outro, no café, sob a luz florescente e econômica de padaria. Ela completa em voz serena. Meu amor, acho que não amo você, amo o que a gente tem. E pontuou correto e firme, uma única vez. Era ponto final, era borrão, vadia...
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Tirinha de Quinta #18
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quarta-feira, 4 de junho de 2014
Namore homens mais velhos
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Sempre Chico Buarque, agora acompanhado de sua dama do cabelo cor de abóbora, 36 anos mais jovem |
Não, o título não é uma ordem, uma lei, uma métrica para o sucesso afetivo. É uma preferência da jornalista que vos escreve, permeada tão e somente por seu embasamento empírico. Eu sempre gostei de homens mais velhos. Sempre. Assistia ER - o famoso "Plantão Médico" - e aos 6 anos e era apaixonada pelo Anthony Edwards (o Dr. Mark Greene). Não sei a razão disso, visto que o George Clooney atuava junto, mas o Dr. Mark era meu amor platônico.
O tempo passou (e eu sofri calada) e aos 15 anos de idade, no falecido bate-papo do Blah!, conheci meu primeiro proto-namorado, o Bruno. Ele tinha 23 anos e nos vimos 3 vezes na vida. Percebi logo que os garotos da minha idade e da minha escola principalmente, eram completos imbecis. O Bruno também era, mas ai é outra história. Começou assim o meu histórico de homens mais velhos - que não convém citar, mas contando o Bruno, foram 7 até o momento. Namoros com mais de 4 meses de duração.
A diferença etária foi diminuindo, até chegar em 2 anos e eu percebi que já não estava com a cabeça nos 20 e poucos. E foi ai que eu encontrei o meu então namorado. Na verdade, ele me encontrou, mas eu me esquivei porque achei que a diferença de idade fosse um problema. E é, mas de fácil solução: compreensão.
A diferença superior a uma década é gritante? Só no começo. Demora para se acostumar, mas quando nos acostumamos, eu esqueço. Nem os fios de cabelo branco incomodam. A verdade é que eu adoro ostentar a companhia de um grisalho na rua. Acredito que muita gente, quando nos vê na rua, pensa: "Ele é rico e ela, alcoviteira". E acho engraçado, porque não é nenhuma das opções.
Namorar alguém tão mais velho é ótimo porque ele já viveu relacionamentos anteriores e sabe que algumas coisas são universais. A paciência é uma virtude que compensa e muito. A auto-confiança idem. Sem crises dos quarenta que levaram gerações do sexo masculino a usarem Grecin e comprarem conversíveis. Namorar um homem mais velho é saber que ele tem amigos ao menos alguns anos antes de você nascer. E ele vai sair para beber só com eles, ir viajar e está tudo bem.
Estar com um homem bem mais velho é uma massagem diária ao ego - para você e para ele. Você se sente madura e interessante o bastante para atrair alguém mais experiente. E ele se sente vivo e jovial por estar se relacionando com alguém mais novo. Há sempre um interesse mútuo em conquistar diariamente o homem mais velho. E vice-versa.
O homem mais velho, seguindo uma lógica, já dirige há muito tempo, já bebe há muito tempo, já mora sozinho e se vira nas tarefas domésticas há muito tempo. É aquele cara que vai te fazer um prato maravilhoso à meia-noite quando você for para a casa dele. Sabe escolher drinques, já visitou e viajou para lugares que você ainda não foi e planeja repetir tudo com você.
O homem mais velho - ao menos no meu caso - é um pedaço da década que eu não aproveitei, de músicas que eu não ouvia, de filmes que não vi no cinema, de coisas que eu não vivi. Pedaço vivo e interativo, que me mostra o quão bom é namorar com um homem mais velho.
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