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Sempre Chico Buarque, agora acompanhado de sua dama do cabelo cor de abóbora, 36 anos mais jovem |
Não, o título não é uma ordem, uma lei, uma métrica para o sucesso afetivo. É uma preferência da jornalista que vos escreve, permeada tão e somente por seu embasamento empírico. Eu sempre gostei de homens mais velhos. Sempre. Assistia ER - o famoso "Plantão Médico" - e aos 6 anos e era apaixonada pelo Anthony Edwards (o Dr. Mark Greene). Não sei a razão disso, visto que o George Clooney atuava junto, mas o Dr. Mark era meu amor platônico.
O tempo passou (e eu sofri calada) e aos 15 anos de idade, no falecido bate-papo do Blah!, conheci meu primeiro proto-namorado, o Bruno. Ele tinha 23 anos e nos vimos 3 vezes na vida. Percebi logo que os garotos da minha idade e da minha escola principalmente, eram completos imbecis. O Bruno também era, mas ai é outra história. Começou assim o meu histórico de homens mais velhos - que não convém citar, mas contando o Bruno, foram 7 até o momento. Namoros com mais de 4 meses de duração.
A diferença etária foi diminuindo, até chegar em 2 anos e eu percebi que já não estava com a cabeça nos 20 e poucos. E foi ai que eu encontrei o meu então namorado. Na verdade, ele me encontrou, mas eu me esquivei porque achei que a diferença de idade fosse um problema. E é, mas de fácil solução: compreensão.
A diferença superior a uma década é gritante? Só no começo. Demora para se acostumar, mas quando nos acostumamos, eu esqueço. Nem os fios de cabelo branco incomodam. A verdade é que eu adoro ostentar a companhia de um grisalho na rua. Acredito que muita gente, quando nos vê na rua, pensa: "Ele é rico e ela, alcoviteira". E acho engraçado, porque não é nenhuma das opções.
Namorar alguém tão mais velho é ótimo porque ele já viveu relacionamentos anteriores e sabe que algumas coisas são universais. A paciência é uma virtude que compensa e muito. A auto-confiança idem. Sem crises dos quarenta que levaram gerações do sexo masculino a usarem Grecin e comprarem conversíveis. Namorar um homem mais velho é saber que ele tem amigos ao menos alguns anos antes de você nascer. E ele vai sair para beber só com eles, ir viajar e está tudo bem.
Estar com um homem bem mais velho é uma massagem diária ao ego - para você e para ele. Você se sente madura e interessante o bastante para atrair alguém mais experiente. E ele se sente vivo e jovial por estar se relacionando com alguém mais novo. Há sempre um interesse mútuo em conquistar diariamente o homem mais velho. E vice-versa.
O homem mais velho, seguindo uma lógica, já dirige há muito tempo, já bebe há muito tempo, já mora sozinho e se vira nas tarefas domésticas há muito tempo. É aquele cara que vai te fazer um prato maravilhoso à meia-noite quando você for para a casa dele. Sabe escolher drinques, já visitou e viajou para lugares que você ainda não foi e planeja repetir tudo com você.
O homem mais velho - ao menos no meu caso - é um pedaço da década que eu não aproveitei, de músicas que eu não ouvia, de filmes que não vi no cinema, de coisas que eu não vivi. Pedaço vivo e interativo, que me mostra o quão bom é namorar com um homem mais velho.
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