quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Parem de colocar coisas estranhas em suas respectivas bundas

"Eu poderia casar com aquela bunda":  O Cheiro do Ralo, com Paula Braun e Selton Mello, direção de Heitor Dhalia





















Não, não tenho nada contra a prática sexual predileta da Sandy. O lance aqui é uma questão de saúde pública. A moda (nem um pouco nova) são as injeções ilegais de silicone industrial para aumentar os glúteos. Em uma matéria especial da Vice, pude constatar que essa febre pela perfeição (?!), idolatria ao self e esse enorme templo construído com Photoshop e botox chamado corpo podem ser fatais.

Se no Brasil a predileção masculina é a bunda (salve poetinha Carlos Drummond de Andrade por seus belos versos), nos EUA eram os seios que comandavam. Agora não mais. Desprovidas do pandeiro tipicamente brasileiro, americanas recorrem diariamente a métodos clandestinos para aumentar a poupança. E como um procedimento cirúrgico pode ultrapassar os 10 mil dólares, a alterativa é sempre o mercado clandestino.

Com injeções de silicone industrial, mulheres (e homens) recorrem todos os dias ao que pode ser uma injeção letal. Sem fiscalização ou regulamentação devida, sem segurança e, em alguns casos, sem qualquer conhecimento, falsos esteticistas injetam até concreto em clientes tão ávidos pela bunda perfeita.

O grande lance é: pode até ser que fique como desejado, mas concreto, cimento, óleo vegetal e silicone industrial não são de forma alguma materiais aceitos pelo organismo. E em aproximadamente uma década, o que antes era estética, torna-se um grave problema.

Tais substâncias percorrem a corrente sanguínea e podem levar à morte. Principalmente o silicone industrial, material de difícil remoção, mesmo com o cirurgião mais experiente. Além do custo, é claro: 10 vezes o valor da injeção clandestina. Por uma questão de estômago, preferi não postar nenhuma foto do estrago feito por conta do procedimento (a coisa é feia).

Abaixo, segue vídeo mostrando como alguns pacientes perceberam que a bunda abundante paga não era bunda, era cilada:

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