quarta-feira, 16 de julho de 2014
Tirinha de quinta #21 (Como os nerds se reproduzem)
Marcadores:
Lenda,
nerd,
nerds,
Propaganda Politicamente Incorreta,
Rafaello,
relacionamento,
reprodução,
reprodução assexuada,
sensualidade,
sociedade,
tirinha de quinta,
Tirinhas
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Tirinha de quinta #20
Marcadores:
Propaganda Politicamente Incorreta,
quadrinhos,
Rafaello,
tirinha de quinta,
Tirinhas,
vida,
vida nova
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Tirinha de quinta #19 (continuação)
Marcadores:
eleições 2014,
ironia,
política,
pudor,
quadrinhos,
Rafaello,
sociedade,
tirinha de quinta,
Tirinhas,
traição,
transtorno. social
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Amor de Chuteiras
Você é meu amor platônico, porque eu te vejo pela TV, na ponta da arquibancada, onde você estiver.
Eu te acompanho, todos os dias, mas não dou escândalo. Eu sempre estive lá, junto de você, na saída de aeroporto, por onde cruzaram seus passos.
Roubei, inclusive, aquelas chuteiras que por descuido você deixou penduradas no alambrado. Roubei todo o suvenir seu que pude ter. Mas que é isso pra você, que, na breguice da frase, roubou meu coração?
E eu sempre estarei lá. E não me importa que você não saiba. Pois gosto de ser anônima, de saber que você nunca vai me desprezar, vai me corresponder, sempre e sempre. Afinal, gosto de te amar assim, nesse amor meu, para que seu gol seja pra mim, para que sua voz diga meu nome, para que assim sejamos, você e eu, campões.
quarta-feira, 11 de junho de 2014
sexta-feira, 6 de junho de 2014
Reticências...
Meu amor, ela escreveu, acho que não gosto de você, gosto do que a gente tem. Colocou um ponto final, e depois outro e outro. Reticências.
Assim se encerrava o e-mail, que prefiro chamar de carta, pois trás um charme que e-mails não tem.
Ela não queria contato visual, e preferiu a distância da pena, cujo mata borrão não escondeu a tensão de suas palavras.
Meu amor, ela iniciou, será mesmo que te amo ou que estaremos assim, desgastados e perdidos, ainda que sucumbidos nesse desejo sedento que nos toca e desfalece?
Que haveria de oculto sob tamanha erudição?
Que olhos teria ela quando me visse com um buque de rosas vermelhas prestes a serem entregues? Que diria ela sobre meu amor sereno que parece não tocá-la, sobre a voz tranquila que parece apenas atingí-la quando nossos corpos se encontram?
De repente acordo. Somos eu e ela, um de fronte para o outro, no café, sob a luz florescente e econômica de padaria. Ela completa em voz serena. Meu amor, acho que não amo você, amo o que a gente tem. E pontuou correto e firme, uma única vez. Era ponto final, era borrão, vadia...
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Tirinha de Quinta #18
Marcadores:
compra de votos,
corrupção,
eleição,
politica,
político
quarta-feira, 4 de junho de 2014
Namore homens mais velhos
![]() |
Sempre Chico Buarque, agora acompanhado de sua dama do cabelo cor de abóbora, 36 anos mais jovem |
Não, o título não é uma ordem, uma lei, uma métrica para o sucesso afetivo. É uma preferência da jornalista que vos escreve, permeada tão e somente por seu embasamento empírico. Eu sempre gostei de homens mais velhos. Sempre. Assistia ER - o famoso "Plantão Médico" - e aos 6 anos e era apaixonada pelo Anthony Edwards (o Dr. Mark Greene). Não sei a razão disso, visto que o George Clooney atuava junto, mas o Dr. Mark era meu amor platônico.
O tempo passou (e eu sofri calada) e aos 15 anos de idade, no falecido bate-papo do Blah!, conheci meu primeiro proto-namorado, o Bruno. Ele tinha 23 anos e nos vimos 3 vezes na vida. Percebi logo que os garotos da minha idade e da minha escola principalmente, eram completos imbecis. O Bruno também era, mas ai é outra história. Começou assim o meu histórico de homens mais velhos - que não convém citar, mas contando o Bruno, foram 7 até o momento. Namoros com mais de 4 meses de duração.
A diferença etária foi diminuindo, até chegar em 2 anos e eu percebi que já não estava com a cabeça nos 20 e poucos. E foi ai que eu encontrei o meu então namorado. Na verdade, ele me encontrou, mas eu me esquivei porque achei que a diferença de idade fosse um problema. E é, mas de fácil solução: compreensão.
A diferença superior a uma década é gritante? Só no começo. Demora para se acostumar, mas quando nos acostumamos, eu esqueço. Nem os fios de cabelo branco incomodam. A verdade é que eu adoro ostentar a companhia de um grisalho na rua. Acredito que muita gente, quando nos vê na rua, pensa: "Ele é rico e ela, alcoviteira". E acho engraçado, porque não é nenhuma das opções.
Namorar alguém tão mais velho é ótimo porque ele já viveu relacionamentos anteriores e sabe que algumas coisas são universais. A paciência é uma virtude que compensa e muito. A auto-confiança idem. Sem crises dos quarenta que levaram gerações do sexo masculino a usarem Grecin e comprarem conversíveis. Namorar um homem mais velho é saber que ele tem amigos ao menos alguns anos antes de você nascer. E ele vai sair para beber só com eles, ir viajar e está tudo bem.
Estar com um homem bem mais velho é uma massagem diária ao ego - para você e para ele. Você se sente madura e interessante o bastante para atrair alguém mais experiente. E ele se sente vivo e jovial por estar se relacionando com alguém mais novo. Há sempre um interesse mútuo em conquistar diariamente o homem mais velho. E vice-versa.
O homem mais velho, seguindo uma lógica, já dirige há muito tempo, já bebe há muito tempo, já mora sozinho e se vira nas tarefas domésticas há muito tempo. É aquele cara que vai te fazer um prato maravilhoso à meia-noite quando você for para a casa dele. Sabe escolher drinques, já visitou e viajou para lugares que você ainda não foi e planeja repetir tudo com você.
O homem mais velho - ao menos no meu caso - é um pedaço da década que eu não aproveitei, de músicas que eu não ouvia, de filmes que não vi no cinema, de coisas que eu não vivi. Pedaço vivo e interativo, que me mostra o quão bom é namorar com um homem mais velho.
sexta-feira, 30 de maio de 2014
Rumos
Cansei - Ela me disse me olhando firme. - Cansei!
Fiquei assustado, e pus rapidamente as sacolas de compras recém tiradas do porta malas sobre a mesa.
- Cansou de que amor? Que houve? - Ela me olhou indignada, do jeito corriqueiro que fazem as mulheres quando querem que adivinhemos seus pensamentos.
- Não acredito que você está me perguntando isso!
- Vem cá, me diz o que houve - Tentei puxá-la com leveza pelo braço, pois tratá-la com carinho costumava funcionar nessas horas.
- Não encosta em mim! - Era grave, percebi no ato. Talvez uma frase de impacto fosse melhor. Tentei.
- Amor, pelo menos me explica, desabafa comigo. - Eu disse. Ela me encarou, como não costumava fazer.
- Você quer saber? Quer mesmo saber?! - Fiz que sim com a cabeça, temendo pela resposta.
- Cansei de viver a vida do dia-a-dia, de não jantar em lugares paradisíacos, de não ter você por perto quando mais preciso, de trabalhar da aurora ao crespúsculo, de não gozar toda a vez que faço sexo, de não conhecer o mundo, de não ser quem eu gostaria! Cansei! - Surtou. Pensei. Devia ser a tal da TPM, mas nunca tinha acontecido dessa forma. Fiquei atônito.
- E você? Não vai falar nada? - Balbucieu dois ou três inícios de frase, mas não saiu nada.
- Sabe por que você não vai falar nada? - Apenas esperei a resposta - Porque você não sabe nada a meu respeito! Você não sabe como eu me sinto, ainda não aprendeu o que me dá tesão e o pior, você sabe de tudo isso e finge que nada existe!
Olha pra você também, pro seu emprego que te explora e te faz fingir que você é feliz. Olha pra gente que finge que é feliz! - Ela estava séria e tudo aquilo fez um turbilhão na minha cabeça. Mas respirei fundo, tentando ser racional.
- E o que você acha que a gente pode fazer? - Foi ela quem respirou dessa vez. Jogou-se no sofá confortável, mas de classe média e me olhou daquele jeito que as mulheres nos olham quando querem nos desafiar.
- Fugir?
- Pra onde? - Ela me sorriu. Sabia minha resposta antes da pergunta.
- Vem comigo? - Sentei-me ao seu lado no sofá, procurando as melhores palavras. Ela permitiu que eu a deixasse encostar a cabeça em meu ombro.
- Vem? - Ela insistiu. Beijei sua testa e acomodei-a melhor em meus braços.
Sem dizermos o que não havia para ser dito, dormimos no sofá desajeitados. Quando acordei percebi que não era TPM, não era surto, mas uma decisão tomada há tempos enquanto eu fingia que nada existia, que não sabia.
Fugira, sem bilhetes, sem dramas, sem olhar pra trás, apenas porque precisava respirar outros ares e talvez se dar a chance de voltar.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Tirinha de Quinta #17 (relacionamento)
Marcadores:
condição humana,
desacordo,
discordância,
divórcio,
quadrinhos,
relacionamento,
tirinha de quinta,
Tirinhas
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Tirinha de Quinta #16
Marcadores:
fofoca,
moralismo,
quadrinhos,
Rafaello,
tirinha de quinta,
Tirinhas,
transtorno. social,
vida
terça-feira, 20 de maio de 2014
Tempo de Mulher
Com o tempo a gente se perde, esquece que chorar faz bem, que a vida se vive por um fio, que não adianta bater a todo o momento de frente com o mundo.
O tempo nos descasca, descama, desima, desarma, desmonta, desmancha.
Mas que tempo não cura, diga você?
Afinal, que te fez levantar da cama com essa cara de ontem e não lavar bem os olhos?
Que mal te fez guardar essa ramela ao redor das suas olheiras e infiar-se nesse uniforme pra ir estudar?
Com o tempo a gente se ajusta. Passa delineador, descobre o batom vermelho, descobre também que tem que trabalhar.
Descobre porque nasce já no mundo do trabalho, percebe que é só o trabalho quem nos trás independência.
Mas em tempo eu digo. Independência é felicidade? Não importa. Afinal, independência é escolha, é livre arbítrio, é a saborosa dor de escolher.
Se viemos da costela de adão, da macaca, da bactéria, do sopro, da argila, não me importa. Se viemos das chamas, do pó, das nuvens, não sei também.
Importa que o tempo, esse sim nos permitiu não aceitarmos os maridos, os pais, os chefes. O tempo nos permitiu passar batom sem sermos chamada de puta, delinearmos os olhos quando temos vontade, usarmos salto alto enquanto permitirem os joelhos. E o tempo também nos permitiu a recusa.
Mas não nos enganemos, afinal qual recusa é fácil? Qual mudança é simples? Qual mundo é perfeito?
Hoje, bem ou mal há escolhas, basta fortalecê-las e não deixar o tempo as engula novamente.
E eu, eu hoje removi as ramelas, passei delineador e no tom inexistente do meu batom pus tênis, uma calça comprida e fui trabalhar.
sexta-feira, 16 de maio de 2014
Notas sobre filmes e sexo
A primeira vez normalmente não é tão boa quanto esperávamos.
A gente só melhora mesmo com a prática, mas teoria é sempre bom pra encorpar e inovar a experiência.
As sensações podem ser as mais distintas possíveis, de êxtase ao asco.
Mas, principalmente, feito com tesão e amor é muito mais gostoso.
quinta-feira, 15 de maio de 2014
Tirinha de quinta #15 (rotina)
Marcadores:
comportamento,
condição humana,
homens,
ironia,
pudor,
quadrinhos,
Rafaello,
sociedade,
tirinha de quinta,
Tirinhas,
transtorno. social
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Geni do Guarujá
Chico Buarque é mais que um músico, letrista ou compositor (e um par de olhos verdes, e aquela voz). Chico Buarque, ao meu ver, é um antropólogo. Desses que conseguem misturar as palavras fáceis às difíceis e nos fazer aumentar o vocabulário. Geralmente falando de política ou de amor. Chico Buarque consegue escrever de maneira feminina tão bem quanto as maiores autoras feministas. Chico Buarque rules.
Chico é filho de acadêmico e manja dos paranauê social e político. Em "Geni e o Zepelim", resumiu todo e qualquer estudo de sociologia das civilizações contemporâneas. A canção do disco "Ópera do Malandro" é de 1978, tempos em que a ditadura açoitava os grandes compositores. E é, sem dúvida, uma das canções mais completas e complexas do baixinho cabeçudo sedutor.
Geni é um travesti promíscuo aos olhos da cidade - um lugar religioso, hipócrita e moralista. Entre rezas e dedos apontados, Geni valia nada. Quem nunca, em qualquer contexto que seja, não se sentiu uma Geni? Joga bosta, feita para apanhar, boa de cuspir. Todos temos um pouco de Geni dentro de nós.
Agora virando a mesa, quem nunca julgou o que o outro merecia? Castigo, vingança, justiça - entre os notíciários, crimes e condenações, somos todos o padre, o prefeito e o bispo. Somos todos o capitão do Zepelim também, opressor, violento - que se lambuzou com a Geni e zarpou.
Mas não estou aqui para falar se a Geni é a oprimida, se a cidade é moralista, se o capitão do Zepelim estava certo. Deixo isso para os acadêmicos, que aliás, entopem estantes de mestrados e doutorados sobre a faixa de Ópera do Malandro.
Em tempos de Sheherazade, a Geni morava no Guarujá. Era casada, mãe de duas filhas, portadora do distúrbio bipolar. A Geni foi linchada, apedrejada, morta. Geni não foi somente oprimida e usada, mas brutalmente assassinada. Foi exposta das maneiras mais vis por tablóides e emissoras. Não teve o privilégio do silêncio da morte com moscas bicheiras pousando em seu corpo esfolado.
A Geni morreu à toa. Morreu por conta de fanáticos - tais como os da música - que não pensaram duas vezes ao enviá-la à desgraça. A Geni não se chama Geni, não era um travesti, não dormiu com o capitão do Zepelim. Ela ofereceu uma fruta a uma criança e condenada por isso. Apedrejada como na Idade Média, como no Oriente Médio, como a Geni de Chico era todos os dias. A Geni era Fabiane Maria de Jesus.
Chico é filho de acadêmico e manja dos paranauê social e político. Em "Geni e o Zepelim", resumiu todo e qualquer estudo de sociologia das civilizações contemporâneas. A canção do disco "Ópera do Malandro" é de 1978, tempos em que a ditadura açoitava os grandes compositores. E é, sem dúvida, uma das canções mais completas e complexas do baixinho cabeçudo sedutor.
Geni é um travesti promíscuo aos olhos da cidade - um lugar religioso, hipócrita e moralista. Entre rezas e dedos apontados, Geni valia nada. Quem nunca, em qualquer contexto que seja, não se sentiu uma Geni? Joga bosta, feita para apanhar, boa de cuspir. Todos temos um pouco de Geni dentro de nós.
Agora virando a mesa, quem nunca julgou o que o outro merecia? Castigo, vingança, justiça - entre os notíciários, crimes e condenações, somos todos o padre, o prefeito e o bispo. Somos todos o capitão do Zepelim também, opressor, violento - que se lambuzou com a Geni e zarpou.
Mas não estou aqui para falar se a Geni é a oprimida, se a cidade é moralista, se o capitão do Zepelim estava certo. Deixo isso para os acadêmicos, que aliás, entopem estantes de mestrados e doutorados sobre a faixa de Ópera do Malandro.
Em tempos de Sheherazade, a Geni morava no Guarujá. Era casada, mãe de duas filhas, portadora do distúrbio bipolar. A Geni foi linchada, apedrejada, morta. Geni não foi somente oprimida e usada, mas brutalmente assassinada. Foi exposta das maneiras mais vis por tablóides e emissoras. Não teve o privilégio do silêncio da morte com moscas bicheiras pousando em seu corpo esfolado.
A Geni morreu à toa. Morreu por conta de fanáticos - tais como os da música - que não pensaram duas vezes ao enviá-la à desgraça. A Geni não se chama Geni, não era um travesti, não dormiu com o capitão do Zepelim. Ela ofereceu uma fruta a uma criança e condenada por isso. Apedrejada como na Idade Média, como no Oriente Médio, como a Geni de Chico era todos os dias. A Geni era Fabiane Maria de Jesus.
segunda-feira, 12 de maio de 2014
5 dúvidas sobre Fio Terra
Não adianta, Fio Terra é tabu, e 95% dos homens acredita que uma dedada no fiofó lhe torna gay.
Então, da maneira mais despretensiosa possível, vamos tentar dar cinco razões para você, menino do sexo masculino completamente heterossexual, para de pensar desta maneira.
Então, da maneira mais despretensiosa possível, vamos tentar dar cinco razões para você, menino do sexo masculino completamente heterossexual, para de pensar desta maneira.
1 - Fio terra é massagem - "Fio terra ou massagem da próstata é o nome dado a uma prática sexual que consiste na introdução de um ou mais dedos, ou algum outro estimulador, no orifício anal durante o ato sexual". Wikipedia
2 - Você tem próstata, ou seja, pode ser que não goste porque acha que isso vai te "transformar" em gay, mas é como uma mulher dizer que não sente prazer no clitóris.
4 - Na antiga Grécia podia, culturalmente era até legal, inclusive em Esparta. E olha que os espartanos eram machos guerreiros
5 - E "peleamordedeus", se você tem medo de virar gay, certamente precisa rever se já não é e está apenas com medo de sair do armário.
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Nosso amor de pijamas
A última vez que te vi, veja só, você não estava de pijamas, nem de terno, mas numa camiseta larga e calça jeans. Eu te encontrei por acaso, fumando um cigarro num momento contemplativo.
Conversamos vagamente, e nos despedimos sem cerimônias.
E pensar que eu te amava tanto, e agora mas sei por onde você anda.
A minha vida, como a sua, seguiu; novos anos se passaram, nossas experiências se entrecruzaram pouco, nossos amigos em comum se desfizeram, aos poucos eu nem sei por onde anda seu rastro.
Contudo, aquele cigarro que você fumava me fez ter vontade de voltar a fumar, só pra te beijar de novo. Mas achei aquilo uma bobagem.
Quando lhe beijei o rosto pra dizer tchau, queria ter te beijado na boca, pra poder quem sabe sentir aquele amor que um dia senti.
Só que a verdade é que você não tem mais espaço pra mim, e talvez eu não tenha espaço pra quem você é hoje. Porque nossa amor se esvaiu como a fumaça do cigarro, indo embora contemplativa na direção oposta do vento.
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Tirinha de quinta #14
Marcadores:
comportamento,
desamor,
facebook,
humor,
Imaginação,
internet,
ironia,
Machismo,
paixão,
pudor,
quadrinhos,
Rafaello,
tirinha de quinta,
Tirinhas,
transtorno. social
sexta-feira, 2 de maio de 2014
Joga-te #10
do abismo, da montanha, de onde a ponta dos teus pés puder pular.
Joga-te porque viver o amanhã não interessa mais.
Afinal, talvez amanhã eu chore, ou sorria, ou viva, ou morra, que mais? Apenas jogua-te e não me deixa saber como, quando ou porquê.
Afinal, talvez amanhã eu chore, ou sorria, ou viva, ou morra, que mais? Apenas jogua-te e não me deixa saber como, quando ou porquê.
É medo? Então diz, feridas ou marcas, quem pode viver sem elas? Diz, porque talvez eu deva lhe dizer que o que senti um dia não sinto mais, o que sinto agora nunca senti.
Por isso, fecha os olhos e não escuta a ninguém, nem a mim, nem a ti. Caminha reto, respira fundo e pula! Pula o mais alto que a ponta dos teus pés puder alcançar!
Joga-te, deixa que o vento te leva e que a vida corra por nós. Afinal, se cairmos cada um para o lado talvez apenas eu desabe enquanto tu choras. Que importa? Afinal, tudo que se quebra se conserta, dá-se um jeito.
Deixa ir, abstrai; quem não se fere não vive e enquanto o tempo cura, juntam-se os cacos, levanta-se e vai.
Por isso não pensa, não olha pra baixo. Venha, mê dá a mão e pula comigo.
Afinal, o futuro é tão incerto, talvez nem precise ser assim. Quem sabe o céu esteja limpo e a gente voe, pouse e siga por um caminho tranquilo e, mesmo oposto, incapaz de nos deixar mais que apenas lembranças.
Afinal, o futuro é tão incerto, talvez nem precise ser assim. Quem sabe o céu esteja limpo e a gente voe, pouse e siga por um caminho tranquilo e, mesmo oposto, incapaz de nos deixar mais que apenas lembranças.
quinta-feira, 1 de maio de 2014
segunda-feira, 28 de abril de 2014
quinta-feira, 24 de abril de 2014
Desamores #9
Hoje percebi que não estou apaixonado, que tua falta não me é buraco, que distante me sinto apenas carente, e por isso te procuro.
Não há frustração maior do que olhar os teus belos olhos e perceber que meu sentimento é vazio, que teu corpo me preenche mas não me aquece, que tua voz me é rouca e dispersa.
Mas ando, veja, tão desapaixonado que pulo daqui acolá procurando uma paixão que me cerque e me desarme.
Por isso quando te olho, menina, quero pensar que amanhã teus olhos serão mais verdes que são hoje. Quando te encontro, guria, quero pensar que te amo, como sinto que me amas. Quero pensar que te quero, que te caso, que te vivo, que não te frustro.
tirinha de Quinta #12 (3ª do plural)
Marcadores:
3ª do plural,
comportamento,
existencialismo,
orwell,
quadrinhos,
Rafaello,
tirinha de quinta,
Tirinhas,
transtorno. social
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Tirinhade quinta #11
Marcadores:
existencialismo,
humor,
Imaginação,
ironia,
Propaganda Politicamente Incorreta,
quadrinhos,
Rafaello,
tirinha de quinta,
Tirinhas,
transtorno. social
Casar é bom, mas morrer queimado é melhor
![]() |
"A Noiva do Frankstein", filme de 1931 que resume minha visão do matrimônio |
Antes de mais nada, eu não concordo com tal afirmação, mas acho engraçada a maneira tragicômica com a qual as pessoas - homens em maioria - descrevem o casamento. Já ouvi tal sentença de diversos deles. O último, o meu futuro sogro, no sábado.
A bem da verdade, acho que mesmo os que disseram isso, não acreditam. Pelo simples fato de não terem morrido queimados. Então pertence àquela gama de hipérboles cínicas que os casados (e as casadas), vez ou outra gostam de mencionar.
O tal do casamento, que desperta pavor na ala masculina e uma necessidade na ala feminina, atualmente, é uma questão a ser pensada. O que é casar? Sim, nós sabemos o que é casar. Festa, bolo, despedida de solteiro, chá de panela, vestido, anel e muito, mas muito tule. A questão aqui é maior: o que de fato é casar?
Essa ideia de se unir a alguém para ser feliz até que a morte (ou o divórcio) nos separe é um pouco aterrorizante. Jurar aos pés do onipotente em preces comoventes ser fiel, amar, respeitar, honrar - me parece um voto perpétuo que a maioria não está pronta para assumir.
Por exemplo, mesmo quase chegando na tão temida idade balzaquiana, tenho plena convicção de que não quero me casar tão cedo. O meu tão cedo envolve ao menos os próximos 4 anos. Estou vendo as amigas casando, tendo filhos e eu, aqui, na ânsia de fazer um mochilão.
Até porque, casar é caro. Muito caro. E eu sou prática - o dinheiro de uma festa de casamento, ainda que pequena, dá para fazer muitas coisas. Obviamente, para alguém que cresceu sob os pilares do matrimônio como ideal afetivo de vida, esse é o dia mais importante (até ao menos a chegada do filho). Porém, não foi o meu caso.
Sem traumas, até porque, meus pais vivem um casamento longo e, a despeito de qualquer briga, feliz. Não se desgrudam, um não vive sem o outro. Há 26 anos. Completaram Bodas de Prata ano passado e cada, grudam mais. Não sei se é exatamente o modelo de união que desejo para mim, mas com certeza, me inspira.
Tudo isso, para dizer que eu não quero me casar. Isso pode mudar, mas eu não quero me casar. Não desse jeito que falam. Posso me unir ao meu futuro marido com um churrasco na laje, regado a cerveja, com todos os padrinhos de chinelo. Com uma piscina inflável cheia de gelo, bolovos e torresmos. Sem a necessidade de um presente que vá mobiliar minha casa. Sem a agonia patológica de ser a mulher mais linda da festa.
Se casar é isso que andam dizendo e fazendo, morrer queimado realmente deve ser melhor. Mas não estou afim de descobrir isso não. Nem o casamento, nem a morte.
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Marilyn Monroe em fotos sensuais
Não é novidade que Marilyn foi o ícone sensual mais importante do cinema. Além de toda sua sensualidade exibida nas telas ela foi a primeira a posar para a famosa revista masculina Playboy!
Confira Merylin por 6 ângulos sensuais, que mostram mais ou menos suas belas e invejáveis curvas.
Confira Merylin por 6 ângulos sensuais, que mostram mais ou menos suas belas e invejáveis curvas.
sexta-feira, 11 de abril de 2014
Cara Minha #8
Tentei te ligar e você não atende, não condiz, não sorri. Qual é a tua, minha cara? Que me convida e desconvida sem pudor qualquer?
Qual é a cara, afinal? Que me olha quando a vida te intimida e precisas de um favor?
Dissimulada, fragmentada, articulada, adorada.
E diz, cara minha, qual é a cara que fazes quando ignoras o telefone e não lê minhas mensagens, quando perpetuas meu sentir?
Tentei te ligar, e você atendeu, tão doce quanto minha intimidade não é capaz de dizer.
E com que cara te consigo ser grosso, te xingar, te chamar de vazia, se não com aquela que outrora te convido pra jantar?
quinta-feira, 10 de abril de 2014
Tirinha de quinta #10
Marcadores:
comportamento,
cultura,
humor,
ironia,
quadrinhos,
Rafaello,
tirinha de quinta,
Tirinhas
segunda-feira, 7 de abril de 2014
sexta-feira, 4 de abril de 2014
#7 Dar ou não dar? Eis a questão
E aí? E aí que eu saí com que cara legal que conheci há algumas semanas. A gente foi tomar cerveja, como amigos, afinal, as mulheres não costumam dizer que vão sair com um cara já na intenção de pontuar.
Enfim, saímos, conversamos e, como manda o figurino, nos beijamos quando acabou o assunto.
Frio, seco, você pode pensar. Que nada, foi ótimo, rolou uma química sensacional e a gente continuou se beijando até que ficou tarde e ele foi me levar em casa. Mas antes, no carro, pega daqui, segura ali, mexe lá, até que ele, dengoso, me peguntou ao pé do ouvido:
- Vamos para outro lugar? – Outro lugar é um termo ótimo. Um dos conhecidos eufemismos para motel. Por isso, numa secura quase insensível me afastei e disse:
- Pro motel, você quer dizer? – Com um sorriso sacana e uma voz suave que me percorreu a espinha ele me deu a resposta óbvia. Eu sorri maliciosa, estava louca de vontade, mas com uma mistura de safada e moça de família do século XIX respondi, afastando-me um pouco:
- Está tarde, me deixa em casa, por favor.
- Vamos, estou louco por você – ele completou me aproximando de seu corpo. Dei-lhe um beijo provocante e me afastei outra vez.
- Não vou – Fui seca. Ele me olhou indiguinado e ajeitou-se no banco para esconder o pinto duro. Como se perdesse a paciência me questionou:
- Mas, por quê? – A resposta foi a mais imediata que me veio, quase ridícula.
- Sabe o que é? Se eu der pra você hoje, você vai achar que eu sou uma vagabunda que dá pra todo mundo. – Ele me olhou assustado com a sinceridade, e fez que não com a cabeça.
- Eu, eu nunca pensaria isso.
- Que mentira… – interrompi-o sorrindo malandra e dando-lhe uma bitoquinha – basta eu der pra um cara na primeira noite pra ele achar que dei pro mundo inteiro. E você não me parece excessão à regra.
Ele ficou sem reação após a resposta, como seu eu tivesse adivinhado seus pensamentos e talvez por isso tenha logo ligado o carro.
- Bom, te deixo em casa então. – ficamos alguns segundos em silêncio até que completei.
- Não precisa ficar tímido, eu sei que você já me acha uma vagabunda de qualquer jeito. – Ele me beijou suavemente, beijou minha testa e disse, claro que não, sorrindo o menos amarelo que pôde.
Rimos um pouco disso no trajeto até minha casa, mudamos de assunto, mas ao parar à minha porta ele mais uma vez insistiu. Mas eu? Eu fui firme, casta e não dei! Não mesmo!
E que bobagem, porque nos falamos depois e virei uma espécie de desafio pra ele. Saímos algumas vezes e quando encerrei meu voto de castidade, em uma semana transamos inúmeras vezes e fomos às nuvens. Talvez por isso, depois daquela semana ele não tenha me ligado mais, afinal, moça de família costuma não transar bem.
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Tirinha de quinta #9
Marcadores:
comportamento,
Feminismo,
homens,
Machismo,
mulher,
Propaganda Politicamente Incorreta,
quadrinhos,
Rafaello,
tirinha de quinta,
Tirinhas,
transtorno. social
sexta-feira, 28 de março de 2014
#6 Te invejo em desprezo
Veja só como é, justo eu, tão centrada, passo horas de frente ao teu perfil. Não que seja inveja - talvez seja - mas olho todas as suas fotos em todas as redes sociais.
Não, eu não preciso disso, mas há algo de sádico em te olhar e perceber que você tem alguns quilos a mais que eu, que seus pés de galinha se expandem enquanto os meus, perceba, mal aparecem.
Finjo que não, mas importo se você é mais bem sucedida que eu. Me importo se seu namorado te leva pra jantar no restaurante mais caro enquanto eu só como pizza e japonês da promoção.
E de repente, pulando de página em página, encontro aquele ex que me deixou, aquele pelo qual eu sofri. Ele está gordo - e rio - e careca - e debocho - e carente. Eu, veja só, continuo gostosa, sádica, impetuosa, comprometida. Mas de leve, de vez em quando, ainda assim, pulo pelas página da rede social. Invejo e desprezo você, ele, ela e quem mais eu puder.
quarta-feira, 26 de março de 2014
tirinha de quinta #8
Marcadores:
comportamento,
conto,
existencialismo,
homens,
quadrinhos,
Rafaello,
tirinha de quinta,
Tirinhas,
transtorno. social
A incrível arte do ósculo
![]() |
Cena de "Elizabethtown", um dos melhores filmes do Orlando Bloom sem ser um épico. |
Nas últimas semanas, o vídeo de "estranhos que não se conheciam se beijam em vídeo feito por diretora" comoveu e emocionou muitos. Como todo bom viral publicitário, as pessoas foram atingidas em seu ponto mais fraco: a sensibilidade do primeiro beijo.
Em suma, o primeiro beijo costuma ser um momento marcante. E não digo somente o primeiro beijo (famoso ranca BV), mas também o primeiro beijo que damos em uma pessoa. Segundo estudo realizado na Universidade de Oxford, por Rafael Wlodarski e Robin Dunbar, o primeiro beijo é a principal ferramente de avaliação subconsciente que determina a duração do relacionamento.
Ou seja: é no momento de oscular que medimos a afeição e a famosa química da pessoa beijada. O momento do beijo envolve 4 dos 5 sentidos humanos: audição (famosa pelos sussurros que precedem o beijo); o tato (mãos, troncos, bocas, lábios e línguas); olfato (o cheiro - atraente ou não às narinas) e finalmente, o paladar. Embora haja uma parcela de pessoas que não feche os olhos, anulando assim o quinto sentido durante o ato, a maioria beija de olhos fechados, o que torna o beijo a primeira grande experiência sensorial íntima com outra pessoa.
Eu acredito - e essa sou eu, pessoa física, sem phD em nada ou estudo formal - que a partir do momento que duas pessoas se beijam, elas nunca mais terão a mesma relação. Isso não é bom ou ruim, apenas diferente. Para mim, o ósculo é uma intimidade muito grande que interfere sim na maneira como lidamos com o outro.
Como exemplo, cito um clássico da TV aberta: "Uma Linda Mulher". A história água com açúcar é bem popular - empresário rico conhece garota de programa na rua, se encanta, paga milhares de dólares para usufruir de sua companhia e a moça vive em uma realidade que não conhecia. Minha cena favorita não é que ela volta na loja que foi esnobada e escracha as vendedoras (embora seja muito boa). A cena que o Zé Mayer gringo, a.k.a Richard Gere pergunta o que ela faz e a resposta de Julia Roberts é simplesmente sensacional: só não beijo na boca. Em outra referência cinematográfica, temos "Elizabethtown", na qual Claire (Kirsten Dunst), após ser beijada por Drew (Orlando Bloom), diz que aquele beijo tinha sido mais pessoal de que muitas de suas transas.
Acho que essa é a mística do beijo: ele é o contato mais íntimo que temos com alguém (em público - a menos que você seja uma dessas pessoas tipo a Madonna que curte sexo em locais públicos). E a campanha publicitária que comoveu a todos, comoveu justamente por isso. A Vice fez isso de verdade e eu achei tão poético quanto. Deixo para cada um decidir por si só.
O primeiro vídeo (fake):
O vídeo da Vice (real):
sexta-feira, 21 de março de 2014
#5 Tou te esperando....
sentado, de pé, onde pudermos nos encontrar. Te espero sempre que o celular toca, que as mensagens vem e vão. Mas peço, contudo, que não espere de mim o mesmo afeto, as mesmas expectativas. Te espero quando quero, te ligo quando posso, te torno amarga e amena. Apenas porque eu sou assim, um tolo desesperado a procura de alguém que me queira como eu não quero, e que me espere como te espero.
quinta-feira, 20 de março de 2014
Tirinha de quinta #7
Marcadores:
comportamento,
cultura,
existencialismo,
quadrinhos,
quebra cabeças,
Rafaello,
tirinha de quinta,
Tirinhas,
transtorno. social
segunda-feira, 17 de março de 2014
quarta-feira, 12 de março de 2014
Tirinha de Quinta #6
Marcadores:
Rafaello,
tirinha de quinta,
Tirinhas
segunda-feira, 10 de março de 2014
5 coisas que você precisa saber sobre HPV
Hoje começa a vacinação oficial contra o HPV em mulheres adolescentes.
Não é novidade que o HPV é uma doença sexualmente transmissível e contribui para o desenvolvimento do câncer de colo de útero, por isso a vacinação é tão importante.
E para ajudar nessa campanha, vão 5 curiosidades que talvez você não saiba sobre o vírus e a vacina.
sábado, 8 de março de 2014
sexta-feira, 7 de março de 2014
Confissões de Mulher #4
Eu e você somos duas que corremos lá e cá, afastadas do mundo que idealizamos. Somos assim, descalças e sorridentes, atadas numa convivência diária que nos desloca.
Difícil talvez perceber que em nosso mundo não cabemos e quanto mais perto estivermos mais difíceis serão os encontros.
A verdade é que temos caminhos, peças e partes, e nos encontramos somente quando estamos nuas, despidas do pudor e da decência que nos foi imposta.
Difícil também perceber que somos limpas e livres, que os olhos dos outros não nos enxergam, que nossos momentos não pertencem a nada.
Afinal, você e eu só nos olhamos para nos dar bom dia e ninguém nunca nos viu brutas, sujas e sorridentes, assim como gostamos de estar quando ninguém nos vê.
Assinar:
Postagens (Atom)